Seis trabalhadores, incluindo quatro maranhenses, foram resgatados em condições degradantes em uma obra de um condomínio de alto padrão em Chapada dos Guimarães (MT). A operação de fiscalização foi realizada pela Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com apoio da Polícia Federal.
Os trabalhadores, entre eles, dois venezuelanos, foram recrutados por uma empresa terceirizada que prometeu condições dignas de alojamento e alimentação. No entanto, os fiscais encontraram um cenário de violação de direitos. Os trabalhadores, atuando como pedreiros e serventes, dormiam em colchões no chão ou em camas improvisadas com restos de madeira, em um único cômodo sem ventilação e sem higiene.
A maioria dos resgatados, naturais do Maranhão, estava sem registro em carteira e submetida a um regime de servidão por dívida, em condições análogas à escravidão. Relatos apontam que a alimentação fornecida pela empresa se limitava a arroz, feijão e macarrão, e qualquer complemento, como carne ou ovos, era pago com recursos próprios dos operários.
Além das más condições de trabalho, os pagamentos eram feitos via Pix, utilizando nomes de pessoas físicas e jurídicas vinculadas ao contratante, o que levanta suspeitas de fraude trabalhista e tributária.
Comentários: