O sistema de transporte público da região metropolitiana de Sao Luís está na iminência de sofrer a primeira paralisação deste ano dentro dos próximos dias. O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte do Estado do Maranhão deu início nesta quinta-feira, 3, ao envio do comunicado sobre o estado de greve da categoria, retirado em assembleia.
A comunicação está sendo feita ao Sindicato das Empresas de Transporte, Prefeitura de São Luís, Ministério Público do Trabalho, MOB e outros órgãos.
Segundo o presidente do Sindicato, Marcelo Brito, todos os trâmites legais estão sendo observados para o caso de ocorrer a paralisação. "A greve poderá acontecer a qualquer momento dentro do prazo. Somos serviço essencial e temos que cumprir o prazo de 72 horas para podermos fazer as coisas dentro da legalidade. FIzemos a assembleia na quarta-feira em duas chamadas e decidimos entrar em estado de greve por intransigência patronal", explica Marcelo Brito.
Motoristas e cobrados reivindicam aumento salarial de 15%, elevação do valor do tíquete alimentação, além da inclusão de um dependente no Plano de Saúde do segurado. O valor do tíquete passaria de R$ 620,00 para R$ 800,00.
Até o momento o sindicato não recebeu nenhuma sinalização de negociação da pauta de reivindicação por parte do patronato. Foram realizadas três reuniões entre patrões e sindidato dos trabalhadores, mas não houve qualquer manifestação sobre reajuste ou outro tema da pauta.
"Estamos tentando evitar que a população seja prejudicada pela paralisação dos rodoviários por lutar pelos direitos da nossa data base", afirma o sindicalista.
A pasalisação pode atingir toda a frota dos municípios de São Luís, São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar. "Foi decidido que os trabalhadores vão parar cem por cento por conta da intransgência de negociação que está havendo por parte da patronato", assinalou Marcelo Brito.
Em relação à CPI instalada na Câmara Municipal de São Luís para investigar a licitação do transporte realizada na gestão do ex-prefeito Edivaldo Holanda (PSD), Marcelo Brito disse estar otimista sobre o resultado. "Espero que venha melhorar o transporte desse cidade e aqueles que operam o transporte também. Espero que demonstrem o que a CPI foi feita para melhorar o transporte. Estamos trabalhando com fome. Algumas empresas não estão cumprindo a convenção coletiva de trabalho", destaca o presidente do sindicato dos motoristas e cobradores.
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